Nessa imensidão desconhecida que é o risco.
Nesse labirinto sem fim que é uma aposta.
Na contingência absoluta da promessa.
Esse mar do amanhã que me puxa, não deve tirar a beleza do dia de hoje que me finca.
Nesse balanço do tempo eu me perco…
Já não sou o mesmo de ontem…
E o amanhã é sempre uma imagem abismática de um presente disperso em expectativas.
Minha escrita não me diz tanto, nem tão pouco.
Como se estivesse perdido na cadeia de significantes… Uma falta de sentido.
Mas nem todo sentido está perdido.
Sinto que como um pêndulo eu transito entre sentir o sentido, e não sentir o sentido.
Essa transmutação constante me consome e me anima.
Seria isso, viver e morrer?